segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sindrome do Peter Pan e do Capitão Gancho

Síndrome do
Peter Pan


Viver eternamente como criança, numa diversão sem fim. Sem responsabilidades com renda, contas, e mesmo com um relacionamento mais sério como o casamento e filhos. Sim, há adultos com essa famosa síndrome.

Michael Jackson é seu principal ícone. Pelo motivo de desde cedo ser imposto a certas responsabilidades como trabalhar desde os cinco anos para ajudar a colocar dinheiro em casa, Michael pulou fases da sua vida como a infância e a adolescência. Resultado: mesmo com uma boa situação financeira, diferente de outros que colecionariam mulheres e construiriam uma família, MJ pouco se importava. Ele queria passar o dia inteiro brincando... com crianças. Não é por acaso que ele construiu um parque de diversões gigantesco para ele. Embora haja boatos, acredito que ele não seja pedófilo. Já as frequentes intervenções cirúrgicas, entre outros motivos, eram porque MJ tinha um verdadeiro pavor de envelhecer. Lutava de todas as formas para manter-se criança. E por isso vivia em "NeverLand".

Mas há adultos com essa síndrome que teriam atitudes digamos menos radicais, tais como fugir de responsabilidades e compromissos. Buscam a diversão em primeiro lugar e tem gostos infantis tais como ver desenho animado, ler histórias em quadrinhos, jogar videogame, jogos de tabuleiro, entre outros. Sim, fugir dos problemas é tentador, mas se o próprio Peter Pan sofre uma situação emblemática ao se apaixonar e ter de escolher entre se tornar ou não adulto, na vida real agir com imaturidade pode causar transtornos bem maiores. Ou seja, em vez de fugir dos problemas através da síndrome, acaba-se conseguindo problemas piores.

A opção em se ter a síndrome muitas vezes não é voluntária. Muitos, devido a circunstâncias diversas que fizeram parte do seu passado, e que os marcaram de alguma forma, acabam adquirindo a mesma. A síndrome tem seu lado bom e o ruim. A questão é tentar equilibrar os desejos de criança com os desejos de adulto. Chegue a um ponto de equilibrio, seja feliz, e voe rumo ao infinito.


Síndrome do Capitão Gancho


Ele é um adulto, sem laços afetivos com ninguém, e sem residência fixa. A cada dia, está numa cidade diferente, conhecendo pessoas diferentes. Não vive de rotina. E tem servos fiéis que fazem todas as suas vontades. Ele é o rei. Seu dia a dia resume-se em mandar e beber. Beber muito. Sua ressaca confunde-se com a ressaca do mar. Ele mergulhou no mar do esquecimento, e age conforme a maré. Este é o Capitão Gancho.

Da mesma forma que o Peter Pan é alheio a compromissos, mas sente-se solitário sem uma companhia. Ele é um solteirão não por opção, mas porque ainda não encontrou sua alma-gêmea. Pudera, seu estilo de vida deve afastar qualquer pretendente. Ninguém sabe de sua família, de sua vida antes de ser capitão. Suas cicatrizes fez questão de esquecer, e não se diminui por qualquer deficiência que tenha. Quando tornou-se capitão, começou sua vida do zero. Quem nunca pensou em ir para um lugar distante e ter a chance de começar do zero?

Mas,diferente de Peter Pan, Capitão Ganho tem responsabilidades, pois é um adulto. Precisa sustentar seus marujos e manter seu navio. Sua vida é uma batalha diária e incessante por cada vez mais ouro. Arrisca tudo e passa por situações perigosas para conseguir o que quer. O lado mau do Capitão Gancho é que este realmente não mede esforços, deixando para trás a ética e a moral.

O Capitão Gancho de certa forma inveja essa felicidade constante do Peter Pan, pois tem angústias e problemas para resolver, como todo adulto, e essa é a razão de querer destruí-lo. Ele é uma pessoa melancólica, que apesar de seu poderio, consegue apenas chegar ao estado de êxtase através de bebidas de alta octanagem.

Mas ele todo dia promove festinhas, com muita comida e bebida. E sempre está cercado de gente. Sua vida é agitada e cheia de aventuras, e certamente ele tem muita história para contar. Como diria o verdadeiro pirata dos sete mares Roberto Carlos, "são tantas emoções". E, às vezes, como diria O Rappa em um trecho de sua música "Mar de gente", "navegar é preciso senão a rotina te cansa".

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