segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Chifruda e Rabuda", como a mulher brasileira deve ser.

Nossa eu sou um monstro, que frase machista eu criei. Hoje lembrei que o halloween vem chegando, e me veio alguns personagens típicos da festa em mente. Pensei na diaba, e, por conseguinte, inventei essa frase doida e de forte impacto. Mas, antes de tudo, quero destacar que sou completamente contra a premissa da frase. Na nossa sociedade, e no nosso país, o que mais importa aos homens, principalmente, é a aparência, entrando aí em destaque alguns atributos físicos, como o bumbum. Já no quesito comportamento, características tais como submissão e dependência ainda contam pontos positivos por parte de alguns homens, já que a traição, infelizmente, tornou-se parte do "patrimônio cultural" brasileiro e essas carcaterísticas são ingredientes fundamentais para que a traição masculina não padeça.

Dessa forma, a personagem "diaba" traduz-se, em sua aparência, naquilo que os machistas buscam. Uma mulher que não se incomode de ser traída, o que pode ser simbolizado pelos chifres. E que seja "rabuda", o que pode ser simbolizado pelo rabo. As diabas também são carregadas de sensualidade e adoram uma sacanagem.

Na cultura brasileira, tornou-se comum a infidelidade. Tão comum que há mulheres que toleram esse desvio de conduta, e fingem que não estão vendo nada. Umas não se importam com essa condição, pois encaram isso com normalidade, pois "faz parte do sistema", enquanto outras ingerem essa tristeza e frustração só para elas, e suas autoestimas (avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau, seguindo a wikipédia) são estraçalhadas. Com baixo-estima, começam a afastar amigos, perdem a ambição e até mesmo enfraquecem seus sistemas imunológicos.

Tenho reparado que o número de mulheres solteiras vem aumentando a cada dia. Vejo que as mulheres estão se dando ao respeito e aprendendo a viver a vida saindo e curtindo muito. Aliás, "Viver a Vida", a atual novela das nove, é um belo reflexo de como a vida segue do lado de fora da telinha: coroas bem-sucedidos e casados metidos a garanhão saem atras das pistoleiras, ops, garotinhas de vinte e tantos anos, como se estivessem colecionando figurinhas para colar num álbum. Se é questão de ego, de tesão, autoafirmação, eu não sei. Mas que é patético ver os velhos gagás da novela se enroscando nas menininhas, ah se é.

A novela não mente em nada, isso é o que acontece no cotidiano. O dinheiro faz qualquer um ter superpoderes. Mas,infelizmente, essas cenas vão servir de incentivo e de exemplo para que os homens continuem agindo assim. Eu sei que o Manoel Carlos pretende fazer as mulheres se vingarem dos galinhas da novela: Helena vai largar o Jose Mayer - esqueci o nome do personagem rs -, que também vai perder todo seu dinheiro, e o irmão do José Mayer - também não sei o nome - vai levar um belo de um chifre da mulher. Mas aparecer um Thiago Larcerda - no caso da Helena - ou um Carlos Casagrande - no caso da personagem da Letícia Spiller - pra fazer a tal vingança é coisa só de novela, mesmo. E muitas brasileiras não estão querendo se dar ao trabalho de se separar e esperar alguém legal chegar.

O machismo e a prepotência dos homens ainda perdura, pois por mais que estejam caminhando para para garantir direitos iguais, os homens e as mulheres ainda estão muito longe de se equiparar. As mulheres devem cuidar sempre do físico, não deixar o lado profissional para trás, e buscar se superarem a cada dia. Infelizmente há muita mulher para pouco homem, levando em consideração também que há o fator do homossexualismo também, mas não é por causa disso que as mulheres tem que aceitar e se submeter a certas condições. Como li em algum lugar, "o amor foi inventado por D's, e casamento pelos homens". E o casamento é uma instituição falida. As mulheres não têm mais a necessidade de provar algo para a sociedade, não existe idade-limite para casar, e não existe mais com tanta força o preconceito contra as "solteironas". Como diria o título da novela das nove, não engula sapo, não esconda seus sentimentos e vá "Viver a Vida".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ronaldo faz propaganda de gilete: Isso que é cortar pros dois lados


"Tem de dois, três, até cinco lâminas. É uma goleada de cinco a zero". Opa... essa gilete aí não corta só pros dois lados, não. Que... er.. irreverente! Irreverente igual ao Ronaldo.

Estava assistindo algo na TV quando de repente começa um comercial. Na hora não me dei conta, achei que fosse um comercial sem-graça tal como os outros. Mas quando o comercial terminou é que eu parei pra pensar: "Nossa, que maestria, que criatividade!" Poucos conseguiram ler nas entrelinhas deste comercial aparentemente comum: carregado de um humor negro beeeem sutil, o comercial tem o Ronaldo fazendo o testemunhal, que há alguns meses atrás protagonizou um escândalo no qual foi questionada sua opção sexual. Alguns dos que lembraram da famosa designação popular de que a "gilete corta para os dois lados", o que quer dizer, em outras palavras, que a pessoa é bissexual, sacaram a maldade do comercial.

Eu achei a ideia genial. Haveria melhor garoto-propaganda para uma marca de lâmina de barbear do que alguém...er... gilete? Credibilidade na mensagem é o que, realmente, não vai faltar. Se a propaganda não levar à ação pela via objetiva, com certa subliminarmente a gilete da Bozzano vai deixar marca! Será que o Ronaldo foi tão inocente de não entender a maldade do comercial? Ou será que decidiu assumir de forma subliminar? Ai que publicitário - ou publicitária, não sei - malvado auahauh, esse é dos meus!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Geleia com acento? Só se for a da L'Oréal. "É sem acento, é sem acento."

Estava tranquila e sonolenta dentro do ônibus, que fazia o trajeto Zona Sul x Barra da Tijuca, e eis que uma peça de comunicação me tira do meu confortável cochilo. Certo display (ou cartaz, como preferirem) afixado no shopping mais elitizado do Rio de Janeiro, o Fashion Mall, chamou minha atenção. Na verdade, GRITOU COMIGO. Mas infelizmente, não foi por causa de deter uma criatividade fora do comum. O erro que me tirou o sono vespertino foi a palavra "geléia". Se até os estudantes de fundamental estão cientes de uma das mudanças mais básicas advindas do Novo Acordo Ortográfico (palavras paroxítonas formadas pelos ditongos "ei" e "oi" não são mais acentuadas), o que acontece então com uma agência de publicidade de médio ou grande porte?

Aliás, nunca mais vi criatividade na publicidade brasileira. Parece que as agências ou subestimam a inteligência do povo, firmando-se a "criar" - simplesmente não há mais criação, os redatores simplesmente escrevem um texto como se estivessem redigindo uma matéria, não há um pingo de originalidade e invenção - peças com texto bem conciso e objetivo, como se a população não fosse capaz de interpretar textos mais ousados e elaborados, ou simplesmente a mão-de-obra criativa está deixando - e muito - a desejar. Imagino que seja um pouco das duas coisas, mas a segunda opção, pelo motivo que descrevo (e demonstro) a seguir, soa mais forte.

Desde janeiro de 2009, vigora o novo acordo ortográfico em países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Está certo que os brasileiros e as demais nações em questão têm até primeiro de janeiro de 2013 para se adaptarem às novas regras, mas as publicações mais respeitadas e de credibilidade do Brasil (Portugal não está de pleno acordo com o acordo ortográfico) já estão adotando-as faz tempo. E era isso que deveríamos esperar da agência que tem a conta da L'Oréal Paris e que criou tal campanha, que imagino ser uma das de maior peso. Até tentei procurar qual era a agência via google, mas não achei. Descobri duas agências que já trabalharam com o cliente, mas não sei qual foi a responsável por essas peças, portanto, não citarei nomes.

Como citei acima, trata-se de uma campanha, o que significa que o erro está também presente em outras peças de comunicação, tais como anúncios. O que faz uma agência contratar um redator que não domina o português? Presumamos também que em agências de médio/grande porte não seja só um redator responsável pela campanha, mas vários. E além disso, a campanha provavelmente deve ter passado pelas mãos de um revisor ortográfico. Vergonhoso. Fiquei "rosa chiclete". Para mim, novamente, é subestimar a inteligência das almas que tiveram a infeliz visão dessa campanha. Sim, brasileiro sabe português! Trata-se também de uma falta total de zelo com um cliente de tal calibre.

O site da L'Oréal Paris pelo menos teve a correção devida. Quer dizer, em alguns trechos o acento ainda persiste. O que leva a um outro erro aí, o de padronização (não sei também que agência fez o site). A palavra está presente com diversas grafias no website, gerando um "samba do crioulo doido". Era mais fácil que tivesse permanecido todas as "geleias com acento", da forma errada mesmo ("errada" é uma forma de dizer, na verdade está desatualizada), pois os leitores poderiam interpretar que passou-se de apenas de uma falta de atualização quanto às novas regras de acentuação, e não numa falta de cuidado e de preparo profissional no que diz respeito à comunicação.

Dá vontade de fazer coro com o Jô Soares e cantar "é sem acento, é sem acento". Essa "geléia real" tem tanta personalidade.... que tem até acento! Mas vejamos pelo lado positivo: se não fosse o erro, formadores de opinião, professores, estudantes de concurso e afins não prestariam atenção na campanha! Bem-ido (contrário de bem-vindo) a todos!

Nota: as imagens de péssima qualidade que disponibilizo no site foram as únicas que encontrei na internet da campanha.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Banheiro somente para humanos


Fui no cinema ver "Se beber, não case". O filme é razoável para o que propõe: humor. Tem algumas tiradas originais. E creio que a aceitação masculina vai ser maior do que a feminina, simplesmente porque os homens irão se identificar mais com as passagens do filme. Para quem quiser ver filme de humor, é uma boa pedida. Mas não é sobre o filme que vim falar aqui. Mas sim sobre o que aconteceu após ao filme. Exatamente no banheiro (não, não foi nenhuma obscenidade).

Em algumas portas do banheiro do shopping Downtown, próximas ao cinema, havia cartazes nos quais estava escrito "Banheiro somente para humanos. Denuncie não-humanos pelo 21 4063-9979. Resíduo não-humano pode ser potencialmente explosivo". Mesmo tendo ciência de que sou uma mutante encantadora com poderes sobrenatuais (cof, cof), fiquei tentada a entrar no banheiro destinado às pessoas sem graça, quer dizer, normais. Ver a palavrinha "não" numa frase é provocador, não? Eis que encontrei por acaso uma amiga no banheiro, na cabine ao lado, também com esse cartaz afixado. Uma prova de que só tenho amigos de outro mundo ehehe. Estava indo lavar minhas mãos, e ouço alguém desesperada pedindo por um papel higiêncio. E era ela. Se tivéssemos combinado, não iríamos nos encontrar tão facilmente.


A famosa e velha estratégia de persuasão de marketing de fazer as pessoas executarem um comportamente completamente oposto do que manda o comando funcionando firme e forte. Todo mundo fica curioso para ver se existe algo de diferente nos banheiros com os cartazes, mas se frustram, de uma certa forma, em perceber que nada têm de novo. Privada, gancho para colocar a bolsa, descarga e papel higiênico (ou não, no caso da minha amiga). Será que pessoas normais não precisam de papel higiênico?

Não sabia bem o propósito desse cartaz, só sabia que provavelmente não seria atingido, pois não há nenhuma frase que convide à ação no cartaz. Há um telefone, que provavelmente ninguém vai se preocupar em ligar para descobrir do que se trata. E um site, que poucas pessoas irão conseguir visualizar, de tão discreto e escondidinho, que é o "distrito9.com.br". Agora eu pergunto: o que é distrito9? Nessa nossa vida tão corrida, quem que realmente irá se preocupar em descobrir? Seria bom se tivesse uma pista, pelo menos. Mas eu cheguei em casa e logo digitei o endereço para descobrir do que se tratava: é a promoção de um filme. A promoção funcionou para mim, que sou curiosa e formada em publicidade, mas certamente não irá funcionar com os outros. E não sei se, quando o filme entrar em cartaz, se realmente as pessoas se lembrarão do teaser, e também se conseguirão associá-lo com o filme. Sei que o propósito do teaser não é fixar a marca na cabeça do cliente, mas sim gerar curiosidade e posterior ação. O que faltou na peça, portanto, foi o "gerar a ação".

Outra coisa que achei bem legal no Downtown é a pista de gelo bem na frente da praça de alimentação, uma novidade. Provavelmente a pista irá permanecer lá por tempo limitado, e o preço não é caro. Mesmo no meio da semana, num dia chuvoso, a pista "bomba" com pessoas de todas as idades. A pista é embalada geralmente ao som de rock. Um dia eu vou lá, só pra ter o prazer de me estabanar toda no chão e pintar a pista de vermelho sangue.

Caso vejam cartazes semelhantes pela cidade, agora vocês já sabem do que se trata. Até suspeitei, quando vi no banheiro, que se tratasse da promoção de um filme - o que mais poderia ser, né? Isso de anunciar estreias de filme na porta de banheiros é velho -, mas quis comprovar. Para quem quiser saber mais sobre o filme, basta entrar no link acima. O visual do site é bem legal. Mas antes que alguém fale que eu estou promovendo o mesmo, este filme não faz o meu tipo, e não pretendo vê-lo. Drama é mais a minha praia.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016: e eu com isso?


Eu estava muito alheia a essa votação de qual país iria sediar as olimpiadas de 2016, porque simplesmente não me importava. Para mim é algo fútil, se comparado a outras necessidades que o nosso país tem, tais como educação, saúde e segurança. Entre outras. Sexta-feira passada fui devolver um livro para uma editora e eis que eu me deparo com um congestionamento em copacabana de proporções incríveis, que fez o ônibus se desviar da rota que costuma fazer, visto que fecharam um pedaço da praia de copacabana, para dar continuidade a viagem. Era uma multidão nas ruas, gente para todo lado. E eu ainda não tinha sacado que tal alvoroço era porque o Brasil tinha ganhado como país sede. Até que eu tive um insight e me lembrei de que o Brasil estava concorrendo a tal título.

Não entendi para que tanta gritaria, tanta farra. O que os moradores da nossa cidade deveriam fazer é, sinceramente, ficarem mais cautelosos, pois o que vai realmente aumentar no Rio são os assaltos, turismo sexual e doenças. E corremos o risco, inclusive, de sermos alvos de terrorismo. Mas o nosso povo é esperançoso! Acreditam que pipocarão muitos empregos, e que serão construídas muitas melhorias em prol da cidade. Como diria aquele famoso slogan, "sou brasileiro e não desisto nunca". A esperança do povo é comovente, mas veja pelo lado positivo: é contagiante. Viver numa cidade onde todos vivem de cara fechada ninguém merece.

O Brasileiro vive feliz, sorrindo e fazendo piadas de suas próprias desgraças. Sorrio, gargalho, e Rio, rio, rio... de Janeiro". Não é à toa que o cartunista Ziraldo inspirou-se nesse clima alegre, de festa e de oba-oba para criar aquela que deveria ser a mascote de nossa cidade. Observação: é beem pequenininho, mas a menina está de biquíni.

Tal charge foi exibida no Fantástico, dia oito de outubro, e virou alvo dos puritanos de plantão. Ora, se o Brasil é conhecido internacionalmente pelas suas mulheres - até mesmo órgãos de nosso país, em vídeos de promoção para o exterior, exaltam certos atributos físicos das brasileiras, contribuido para a péssima imagem que as brasileiras têm lá fora e para o turismo sexual - e como o país da praia, nada mais justo e verdadeiro. Como sou adepta do humor negro, adorei o mascote do Ziraldo, mas também não quero desmerecer o mascote do artista Vik Muniz - que também apareceu na entrevista do Fantástico -, que criou um sol com o pão de açucar na frente. Vik pode não ter sido o às da criatividade, mas achei o ícone bem simples, funcional, enxuto, e seu conceito resume bem a nossa cidade.

Príncipe encantado, só da Disney


Devido a ínfima oferta de "homem bom", o que resta às mulheres de nosso Brasil baronil é ou se conformar com os que estão no mercado, ou embarcar no mundo da "Alice no país das maravilhas" e esperar pelo seu príncipe encantado, que provavelmente só existem em suas férteis imaginações. Mas não desanimem, nem percam as esperanças: o link http://cinema.terra.com.br/galerias/0,,OI109443-EI1176,00.html apresenta a solução para quem está em busca de seu príncipe encantado. O link, que pertence à seção "cinemas" do site do portal Terra, exibe um "book", no estilo paparazzo, dos mais famosos personagens da Disney de cuequinha.


Encontrei o link por acaso, enquanto estava navegando no site para saber que filmes estavam passando pelos cinemas da minha vizinhança. E sim, me senti na obrigação de divulgar esse achado no blog, como fã de animações que sou. Aproveitei também este post para fazer um gancho com as postagens anteriores.






















Como tenho preferência por homens que tenham feições de árabe, meu voto do mais sexy vai para o Alladin - embora acredite que eles poderiam caprichar um pouco mais no personagem -, seguido do "indiozão da pocahontas", bem estilo brasileiro. O John Smith também está bem bonito, com seus traços finos e beleza clássica. Com o índio e o John Smith, Pocahontas estava bem servida.


No final das contas, acabei não selecionando nenhum príncipe encantado. Mas achei a proposta do artista David Kawena, responsável pela arte, bem criativa. Sua intenção foi buscar uma sensualidade nos personagens Disney. E vocês, já têm um preferido? Divirtam-se com o site.