domingo, 23 de maio de 2010

Passione: razão x emoção

Eu sou da opinião que, apesar da proposta, a nova novela das nove será um fracasso. O povo foi levado à exaustão pela globo depois de tanta novela com tema italiano feita pela emissora. Acho que o autor pecou nesse ponto, porque a proposta, de discutir o lado passional x racional do ser humano, se bem aproveitada, levantaria um belo debate e iria acumular uma boa audiência.

Levantei essa questão do ser humano ser cada vez mais racional na postagem anterior, onde descrevi os métodos, bem questionáveis, que as pessoas têm usado para traçar seus objetivos. Há pessoas que se entregam à emoção, ao desejo, e se deixam levar por toda a sensação boa que um grande amor dá, como o personagem do Tony Ramos. E há pessoas que de forma fria e calculista traçam planos questionáveis ética e moralmente para conseguir o que querem, mentindo e pensando só nelas, sem nenhum peso na consciência do mal que possam estar fazendo a outras pessoas, como faz a personagem da Mariana Ximenes.

Personagens como os citados acima são facilmente encontrados no nosso dia a dia. Há muito executivo bem-sucedido que prejudicou muita gente para chegar onde está, enquanto há pessoas supercompetentes, porém humildes, que vivem suas vidinhas com a consciência leve e fazendo o que gostam, sem estresses e culpas. A novela, portanto, levanta um assunto que muitas pessoas já têm trazido às suas conversas nas mesas de bar, mas que ainda não foi abordado tão diretamente pela TV.

Você é passional ou racional? Se você pudesse escolher, que tipo de conduta adotaria para o seu dia a dia? Qual são os prós e contras de cada uma? É valido enganar, mentir e prejudicar pessoas só para conseguir o que você quer? Que mal isso pode trazer a sua vida? Se a mentira tem pernas curtas, por quanto tempo alguém conseguiria sustentá-la?

Bom-dia a todos!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ser ou não ser - nas redes sociais, no Messenger, na vida.

Vivemos num país onde o status acaba contando mais que o quanto você tem na conta. Não é à toa que em rodas de amigos tem sempre alguém fazendo autopromoção de um feito histórico, tal como pegar um monte de mulherzinha em alguma viagem, sobre como conseguiu enganar a namorada pra curtir a night com os amigos, ou ainda como emagreceu apenas com uma boa alimentação. Essa “vangloriação”, que resulta nas pessoas contando vantagem ao falar coisas as quais não foram perguntadas a respeito seria menos grave se pelo menos essas coisas fossem verdade. Na verdade, se você contar apenas com a verdade nos dias de hoje, você acaba fazendo um "marketing pessoal ao contrário". Involuntariamente, claro. Ou, como diria uma comunidade no orkut, você estaria cometendo um "sincericídio".

Nos orkuts e facebooks - ou seria FAKEbooks? - da vida, cansamos de ver pessoas felizes, bonitas (photoshop, alegria dos feios), com energia positiva, alto astral, magras (olha o photoshop aqui de novo: a alegria dos gordinhos), solidárias. Mas que, pessoalmente, não têm os valores éticos e morais básicos. São quase perfis fakes. É quase uma falsidade ideológica! Eu acredito que, em algum dia, leis sejam criadas para coibir o uso de informações falsas. Ora, propaganda enganosa é crime! E o que seriam os perfis em redes sociais além de propagandas (sem regulamentação) de si mesmos?

Há pessoas que, mesmo ao vivo, continuam com esse mesmo hábito de mentir sobre uma vida que não têm. É comum ver “namoros felizes e bem-sucedidos” por aí. Tem sempre uma conhecida sua que se gaba de ter o namorado perfeito, enquanto seu objetivo é mostrar aos outros, mesmo que inconscientemente, ser um exemplo de vida feliz e harmoniosa. Igual comercial de margarina. Mas será mesmo que se trata de um relacionamento perfeito? Em alguns casos, há mulheres que buscam preservar essa imagem e camuflar os defeitos de seus parceiros seja por amor, ou porque querem manter o relacionamento por qualquer outro motivo.

Mas por que essa obsessão de ser uma coisa que não é? Essas pessoas têm vergonha de ser o que são? Não gostam de si? São tão merd** assim que são obrigadas a assumir uma personalidade falsa para cada ocasião? Se não gostam nem de si mesmas, como conseguirão gostar de outra pessoa? É aí entramos no ciclo de superficialidade de relações de afetivas, profissionais e amorosas. Como manter uma relação verdadeira e próxima com pessoas que não são o que mostram ser? Como não desconfiar das intenções de uma pessoa que sustenta uma vida de mentiras para se aproximar de você? Como tirar algo de verdadeiro disso tudo? Será que a pessoa está se aproximando de você com algum interesse sórdido em mente? O que fazer nessas situações?

Vivemos numa realidade que acaba não sendo tão real assim, coisa que se potencializa mais nos dias de hoje. As pessoas interpretam papéis e enredos fantásticos para esconderem seus verdadeiros eus. Mas o perigo disso tudo, além da “ilusão da ótica”, são as pessoas “incorporarem um determinado papel” para esconder falhas de caráter e saírem por aí enganando os outros. E as pessoas que, com toda essa autopromoção, acabam não respeitando o espaço alheio, "vomitando" fotos e informações de suas vidas pessoais para todo lado . Não podemos mudar esse contexto, mas ter ao menos consciência das coisas que acontecem no mundo em que estamos nos poupa de surpresas desagradáveis. Como diria uma personagem de Viver a Vida, "quero viver uma realidade verdadeira!"