sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Aprendiz Universitário: coisa de aprendiz, mesmo.


Uma emissora de grande porte como a Record não fazer uma divulgação decente de um reality show é uma vergonha, já começa por aí. Mas enfim, admito que seria melhor não saber de nada, me deixaria menos desgostosa.

Eu estava na sala, à noite, no msn. Meu pai estava zapeando os canais da tv na sala. E, surpresa, deparo-me com o reality show "O Aprendiz Universitário", que se mostrou, de fato, ser composto não só de candidatos, mas de produtores de reality show aprendizes. Quem escolheu esses candidatos? Minha nossa! Acho que a Record vai ter que se munir para que a crise não afete a sua audiência, também...

Não sei o que levou a produção do reality a mudar o formato. Acho que foi a crise, universitários devem sair mais baratos do que funcionários efetivos. Mas vamos parar de sarcasmo e lero-lero e partir pros 'finalmente'.

Peguei apenas o final do programa, onde Justus esbravejava com os aprendizes (pra que tanta raiva Justus, tome um maracujina!) pelos erros infelizes que cometeram. Até concordo com o Justus, depois de ter visto tais coisas, da vontade de chorar, mesmo.

O programa consta da administração, criação e promoção de um quiosque numa praia cujo objetivo é vender linhas de extensão do produto doritos. Na hora de mandar a arte final do banner para a gráfica, além do grupo não ter dinheiro para pagar pela produção, pois já haviam estourado o orçamento rs, não pediram sequer uma prova do bureau de impressão para ver como o produto final iria ficar impresso. Resultado: o estudante analfabeto de jornalismo Guilherme, que muito provavelmente entrou no programa pelo sistema de cotas, fez a proeza de escrever a palavra lounge como 'loundge'. E ele se defendia, com a maior naturalidade, que a culpa era das suas colegas, que falaram a palavra muito rapido e não soletraram pra ele. Tadiiiinho...

Como diria o assistente do Justos que não sei o nome, que colocou uma colocação muito bem colocada rsrs, o grupo "faz aparecer letras em banners e desaparecer dinheiro no bolso". Além disso, os inteligentíssmos candidatos a ganhar uma bolsa de estágio de R$ 10.000,00 não ficaram até o horário estabelecido pelo programa na praia, pois, segundo eles, não havia movimento. Mas o programa se baseia em regras, as quais devem ser obedecidas. Por que saíram mais cedo, então? Pra ver malhação?

Daí vão me falar "Não, mas são apenas universitários". Concordo, mas a produção do programa fez questão de dizer que eles foram escolhidos das melhores faculdades do Brasil. Para evitar tanto vexame, por quê não chamar estudantes que estejam pelo menos no quarto período, ou seja, cursando matérias mais práticas?

Arrumadinho, gravatinha e terninho, limpinho... que fofo! Mas garanto que se colocassem a tão polemizada Priscila do BBB9, com seus seios quase de fora e nádegas à mostra, à frente dessa tarefa, deixaria todos os inteligentíssimos estudantes das mais renomadas faculdades do Brasil perplexos. Pessoas vestidas até o pescoço contrastam com uma mulher quase sem roupa que rebola até o chão, sim. Mas o que contrasta mais é a Priscila, fazendo isso tudo, conseguir ser mais inteligente do que o grupo inteiro perdedor junto, sem exagero. E ela não é tão mais velha do que os aprendizes, não.

Enfim, alguns BBBs faziam papel de atrapalhados, abobalhados e burros, enquanto de burros tinham pouca coisa. Poderiam até ter sérios problemas psicológicos, mas burros, não. Ao inverso, os aprendizes tentaram ao máximo impressionar, trajados e com pinta de executivos, mas falharam feio. Tem uma frase que diz o seguinte: quem muito abaixa, mostra a bun**. E foi isso que o Guilherme fez tentando fazer algo que não sabe: passou vergonha em rede nacional.

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