quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016: e eu com isso?


Eu estava muito alheia a essa votação de qual país iria sediar as olimpiadas de 2016, porque simplesmente não me importava. Para mim é algo fútil, se comparado a outras necessidades que o nosso país tem, tais como educação, saúde e segurança. Entre outras. Sexta-feira passada fui devolver um livro para uma editora e eis que eu me deparo com um congestionamento em copacabana de proporções incríveis, que fez o ônibus se desviar da rota que costuma fazer, visto que fecharam um pedaço da praia de copacabana, para dar continuidade a viagem. Era uma multidão nas ruas, gente para todo lado. E eu ainda não tinha sacado que tal alvoroço era porque o Brasil tinha ganhado como país sede. Até que eu tive um insight e me lembrei de que o Brasil estava concorrendo a tal título.

Não entendi para que tanta gritaria, tanta farra. O que os moradores da nossa cidade deveriam fazer é, sinceramente, ficarem mais cautelosos, pois o que vai realmente aumentar no Rio são os assaltos, turismo sexual e doenças. E corremos o risco, inclusive, de sermos alvos de terrorismo. Mas o nosso povo é esperançoso! Acreditam que pipocarão muitos empregos, e que serão construídas muitas melhorias em prol da cidade. Como diria aquele famoso slogan, "sou brasileiro e não desisto nunca". A esperança do povo é comovente, mas veja pelo lado positivo: é contagiante. Viver numa cidade onde todos vivem de cara fechada ninguém merece.

O Brasileiro vive feliz, sorrindo e fazendo piadas de suas próprias desgraças. Sorrio, gargalho, e Rio, rio, rio... de Janeiro". Não é à toa que o cartunista Ziraldo inspirou-se nesse clima alegre, de festa e de oba-oba para criar aquela que deveria ser a mascote de nossa cidade. Observação: é beem pequenininho, mas a menina está de biquíni.

Tal charge foi exibida no Fantástico, dia oito de outubro, e virou alvo dos puritanos de plantão. Ora, se o Brasil é conhecido internacionalmente pelas suas mulheres - até mesmo órgãos de nosso país, em vídeos de promoção para o exterior, exaltam certos atributos físicos das brasileiras, contribuido para a péssima imagem que as brasileiras têm lá fora e para o turismo sexual - e como o país da praia, nada mais justo e verdadeiro. Como sou adepta do humor negro, adorei o mascote do Ziraldo, mas também não quero desmerecer o mascote do artista Vik Muniz - que também apareceu na entrevista do Fantástico -, que criou um sol com o pão de açucar na frente. Vik pode não ter sido o às da criatividade, mas achei o ícone bem simples, funcional, enxuto, e seu conceito resume bem a nossa cidade.

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