segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ser ou não ser - nas redes sociais, no Messenger, na vida.

Vivemos num país onde o status acaba contando mais que o quanto você tem na conta. Não é à toa que em rodas de amigos tem sempre alguém fazendo autopromoção de um feito histórico, tal como pegar um monte de mulherzinha em alguma viagem, sobre como conseguiu enganar a namorada pra curtir a night com os amigos, ou ainda como emagreceu apenas com uma boa alimentação. Essa “vangloriação”, que resulta nas pessoas contando vantagem ao falar coisas as quais não foram perguntadas a respeito seria menos grave se pelo menos essas coisas fossem verdade. Na verdade, se você contar apenas com a verdade nos dias de hoje, você acaba fazendo um "marketing pessoal ao contrário". Involuntariamente, claro. Ou, como diria uma comunidade no orkut, você estaria cometendo um "sincericídio".

Nos orkuts e facebooks - ou seria FAKEbooks? - da vida, cansamos de ver pessoas felizes, bonitas (photoshop, alegria dos feios), com energia positiva, alto astral, magras (olha o photoshop aqui de novo: a alegria dos gordinhos), solidárias. Mas que, pessoalmente, não têm os valores éticos e morais básicos. São quase perfis fakes. É quase uma falsidade ideológica! Eu acredito que, em algum dia, leis sejam criadas para coibir o uso de informações falsas. Ora, propaganda enganosa é crime! E o que seriam os perfis em redes sociais além de propagandas (sem regulamentação) de si mesmos?

Há pessoas que, mesmo ao vivo, continuam com esse mesmo hábito de mentir sobre uma vida que não têm. É comum ver “namoros felizes e bem-sucedidos” por aí. Tem sempre uma conhecida sua que se gaba de ter o namorado perfeito, enquanto seu objetivo é mostrar aos outros, mesmo que inconscientemente, ser um exemplo de vida feliz e harmoniosa. Igual comercial de margarina. Mas será mesmo que se trata de um relacionamento perfeito? Em alguns casos, há mulheres que buscam preservar essa imagem e camuflar os defeitos de seus parceiros seja por amor, ou porque querem manter o relacionamento por qualquer outro motivo.

Mas por que essa obsessão de ser uma coisa que não é? Essas pessoas têm vergonha de ser o que são? Não gostam de si? São tão merd** assim que são obrigadas a assumir uma personalidade falsa para cada ocasião? Se não gostam nem de si mesmas, como conseguirão gostar de outra pessoa? É aí entramos no ciclo de superficialidade de relações de afetivas, profissionais e amorosas. Como manter uma relação verdadeira e próxima com pessoas que não são o que mostram ser? Como não desconfiar das intenções de uma pessoa que sustenta uma vida de mentiras para se aproximar de você? Como tirar algo de verdadeiro disso tudo? Será que a pessoa está se aproximando de você com algum interesse sórdido em mente? O que fazer nessas situações?

Vivemos numa realidade que acaba não sendo tão real assim, coisa que se potencializa mais nos dias de hoje. As pessoas interpretam papéis e enredos fantásticos para esconderem seus verdadeiros eus. Mas o perigo disso tudo, além da “ilusão da ótica”, são as pessoas “incorporarem um determinado papel” para esconder falhas de caráter e saírem por aí enganando os outros. E as pessoas que, com toda essa autopromoção, acabam não respeitando o espaço alheio, "vomitando" fotos e informações de suas vidas pessoais para todo lado . Não podemos mudar esse contexto, mas ter ao menos consciência das coisas que acontecem no mundo em que estamos nos poupa de surpresas desagradáveis. Como diria uma personagem de Viver a Vida, "quero viver uma realidade verdadeira!"

2 comentários:

Publicidade Esportiva disse...

Olaaaaaa Maya. Tudo bem?

Quero dividir minha alegria pela produção acadêmica e pela participação no Congresso com você!

Porque, querendo ou não, o blog Publicidade Esportiva me incentiva cada vez mais a ler e escrever. E sem você leitor, isso não teria sentido e talvez nem possível.

Muito obrigado!

Espero sua visita, ótima semana e aquele abraço.

Maya . disse...

Para aqueles que querem se proteger dos perigos de uma pessoa que mostra ser o que não é, leiam "Mentes Perigosas", da editora Fontanar. O livro explica e ensina como identificar psicopatas.